O Chelsea chegou na Suécia como quem visita parente distante: sem pressão, de boa, sabendo que ia sair com vitória e ainda levar marmita. Contra o modesto Djurgarden, os Blues não suaram nem o meião e enfiaram um 4 a 1 sem piedade, abrindo um buraco do tamanho da Escandinávia rumo à final da Conference League.
Com Enzo Fernández armando como quem joga truco com as cartas abertas, o Chelsea precisou de 12 minutos pra abrir o placar. O volante meteu um cruzamento daqueles que vêm com GPS e QR Code, e Sancho, livre que nem criança em parquinho, mandou pro gol. O Djurgarden ainda estava configurando o Wi-Fi quando tomou o primeiro.
A defesa sueca parecia estar em slow motion. E o Chelsea, sem dó, foi lá e ampliou. Madueke, no finalzinho da primeira etapa, aproveitou mais um passe de Enzo e fez o 2 a 0 como quem diz: “vamos encerrar logo isso aqui?”
No segundo tempo, o técnico dos Blues decidiu brincar de Fifa e fez quatro substituições de uma vez. Entre elas, apareceu o nome de Nicolas Jackson, que entrou com mais fome que universitário em semana de prova. Bastaram 15 minutos pra ele guardar o terceiro, com chute na gaveta que até o narrador demorou pra entender de onde veio.
E quando o Djurgarden resolveu tentar sair jogando, Jackson agradeceu a cortesia. Roubou a bola com a facilidade de quem pega doce de criança e tocou pro gol vazio: 4 a 0, com direito a zaga sueca perguntando “quem somos, de onde viemos e por que estamos aqui?”.
Só aí o Djurgarden lembrou que tava jogando em casa e tentou fazer algo. Depois de um monte de cruzamento na base do desespero, Isak Alemayehu achou um golzinho de honra. Gol que não muda nada, mas serve pra estatística e pra dizer “pelo menos fizemos um”.
Com o resultado, o Chelsea pode perder por três gols em casa que ainda assim chega na final sem precisar suar. A Conference League virou praticamente um tour europeu pro time inglês. E a dúvida agora é só: vão levantar a taça com uma ou com as duas mãos?